Cirurgia do Joelho

Rupturas do tendão patelar

O tendão patelar origina-se no pólo inferior da patela e insere-se na tuberosidade anterior da tíbia. Sua principal função é transmitir a força da musculatura da coxa para a tíbia proximal, permitindo o movimento de extensão do joelho.

As lesões do tendão patelar ocorrem mais frequentemente em pessoas abaixo dos 40 anos de idade praticantes de atividades que envolvam saltos (basquete, vôlei, futebol). Rupturas em pacientes com idade mais avançada poderão estar associadas a doenças sistêmicas (diabetes mellitus, lúpus eritematoso).

Ruptura do tendão patelar.

A lesão geralmente decorre de uma contração excêntrica violenta do aparelho extensor, a qual pode provocar uma ruptura ou arranchamento do tendão em uma de suas inserções (proximal ou distal). A existência de tecidos previamente danificados, especialmente devido a tendinite patelar ou a alterações provocadas por injeções de corticosteróides, aumentam o risco deste tipo de lesão.

O paciente queixa-se de dor intensa e impossibilidade de caminhar, tal como acontece quando há ruptura do quadríceps. Nota-se a presença de inchaço local e uma falha dolorosa à palpação geralmente situada na borda inferior da patela. Também não consegue levantar a perna estendida nas lesões totais. Radiografias comparativas com o joelho oposto serão extremamente úteis para avaliar a altura patelar. A ressonância magnética nos auxilia em casos duvidosos ou quando houver suspeita de outras lesões associadas.

Nas lesões parciais o tratamento com imobilização do joelho em extensão, durante 4 a 6 semanas, será suficiente para a recuperação.

Já as lesões totais exigem reparo cirúrgico que será determinado pelo tipo de ruptura: avulsão proximal, ruptura do terço médio da substância do tendão e avulsão distal. As avulsões ocorrem mais freqüentemente na patela e são facilmente reinseridas através de pontos transpatelares com fios inabsorvíveis. Já as rupturas do terço médio exigem que sejam perfurados orifícios na patela ou na tuberosidade da tíbia para possibilitar o reparo das extremidades. Em ambas as situações pode-se utilizar um fio de aço, em forma de “8”, para proteger o reparo e possibilitar a mobilização precoce. O período médio de recuperação é de 6 a 8 semanas, nos quais o joelho permanece imobilizado em extensão sendo permitida a mobilização gradativa.

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